A Fortaleza de São José fica no centro de Macapá, e foi um dos primeiros lugares que conheci na capital. Sempre que vou ao estado, faço uma nova visita margeando o rio Amazonas. Não há nada mais delicioso do que fazer uma caminhada na beira da orla do Rio Amazonas. Aproveitei um desses passeios para revigorar a mente e a alma, e tirei algumas fotos para mostrar pra vocês que maravilha de lugar. Nas próximas férias, vale a pena vocês agendarem Macapá.

A Fortaleza foi construída no reinado de D. José I (Julho/1750 – Fevereiro/1777) por causa do interesse geo-político de Portugal em garantir o domínio sobre as terras conquistadas com base no Tratado de Madri (Janeiro 1750). O Tratado foi assinado entre Portugal e Espanha e definia os limites fronteiriço ao norte da colônia brasileira. Com a Fortaleza, os limites estariam protegidos (por isso ela fica nas margens do Rio Amazonas).

A obra se iniciou em 29 de junho de 1764, erguida estrategicamente na foz, pela margem esquerda do rio Amazonas.

Funções:
- impedir a entrada de navios invasores;
- defender os moradores da vila de São José de Macapá (pois a cidade fica abrigada em seu interior)
- servir como base para o reabastecimento de um exército aliado;
- refugiar exércitos aliados em retirada;
- servir como ponte de contra-ataque do inimigo;
- manter elo de comunicação e vigilância entre as demais fortificações espalhadas pelo interior e fronteiras;
- assegurar a exploraço dos produtos regionais;
- promover comércio dos produtos com a metrópole;
- manutenção da ordem soberana de Portugal na região.

Também auxiliava na:
- proteção das incursões que estabeleciam comércio do escravo africano com o ouro do Peru.

Mas há uma curiosidade: a Fortaleza de São José de Macapá nunca entrou em combate.
Só serviu de segurança mesmo, m nunca ter sido usada efetivamente em confronto.

Abandono da construção:
Quando D. Maria I assumiu, após a morte de D. José I, ela deixa de investir na construção da Fortaleza alegando que era muito cara, mas a inaugura em 19 de março de 1782, mesmo inacabada.
Isso para vocês verem que não é de hoje as obras vultuosas se iniciam e ficam inconclusas no nosso país. Pelo visto, desde os idos de 1782, essa prática se trata de tradição nacional (herança portuguesa).
Trabalharam na construção:
- oficiais e soldados do exército;
- mão-de-obra compulsória: indígenas capturados;
- negros africanos comprados pelo governo da capitania.
Atualmente
A Fortaleza é Monumento Histórico pelo Governo do Território do Amapá.
Foi revitalizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional – IPHAN. Hoje funciona um museu aberto à visitação pública, se constituindo num centro de cultura importante n município.
Lazer e Cultura
Além de proporcionar cultura e conhecimento histórico, a Fortaleza reserva em seu entorno praça de esportes, bancos e árvores para passeio. Há pista para caminhada e corrida, juntando muitos esportistas. Como fica às margens do Rio Amazonas, a vista está garantida com uma das maiores riquezas naturais do Mundo.

Logo após a Fortaleza, localiza-se o complexo restaurantes onde se come bem vários peixes locais. Exceto o Restaurante Sarney, os demais possuem comida mais cara, embora farta.


Trapiche Eliezer Levy
O passeio no Trapiche Eliezer Levy é obrigatório para os turistas.
Foi construído na década de 40 e por muito tempo foi ponto de chegada e saída da cidade.

As embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, onde fica a imagem de São José. Depois de reformas, foi construído o trapiche atual que gerou mais movimentação turística no local. O trapiche tem 472 metros de comprimento e possui um bondinho elétrico para transporte de turistas. Tem uma sorveteria (que em 6 viagens ao estado, sempre encontrei fechada, então não tenho a menor ideia se funciona ou não) e um restaurante (que também nunca consegui frequentar).
No entorno são praticados esportes aquáticos!


São José
A imagem de São José fica em frente à cidade, ao lado do Trapiche Eliezer Levy.
São José é padroeiro de Macapá e sua estátua fica acima de um bloco de concreto, a cerca de 300 metros da orla. É possível ultrapassar o local onde a imagem está fincada quando a maré está baixa.

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